segunda-feira, 17 de março de 2008

Assim não se pode ser professor

Luta sindical ou Facciosismo?

Chaves sempre foi uma Cidade que sabe receber quem os visita. Sempre foi uma cidade Democrática.

No passado dia 7 de Março, o PS de Chaves tinha agendado uma reunião no Forte de S. Francisco, para a qual estava convidado o ministro dos Assuntos Parlamentares.

Chegando ao local da reunião, o ministro Augusto dos Santos Silva, foi recebido por uma dita manifestação “espontânea” de presumíveis “professores” a gritar-lhe entre outros impropérios, o de “Fascista”.



Segundo consegui apurar, esta “manifestação pseudo-espontânea”, foi arregimentada por “SMS” de forma anónima. O Texto da mensagem informava que a ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues estaria presente na reunião do PS.
Ainda segundo alguns professores (comunistas), que se demarcaram desta “manifestação”, quem esteve por detrás desta convocação foi o PSD e a Autarquia. Seriam só eles?
Já agora... Quem convocou a RTP e a imprensa para uma reunião informal do PS? Não teriam sido informados de que iria haver provocação?

É inaceitável que numa Democracia os partidos, da oposição, disfarcem os seus militantes de “professores” e os mandem para reuniões de outro partido chamar fascistas aos seus dirigentes. Este incidente nada teve de espontâneo foi organizado por quem estuda (ou soube) a agenda dos adversários políticos e organizou tudo com o cuidado de evitar a identificação dos organizadores.


Analisando as imagens da reportagem da “RTP” pode-se constatar que a maioria dos manifestantes nem sequer eram “professores”. Estava composta por conhecidos simpatizantes do “PSD”, seus familiares e crianças. Não reconheço, sequer, nenhum dos ditos manifestantes como Flaviense.

Considero que uma manifestação convocada anonimamente com o objectivo de condicionar as reuniões de outros partidos é uma demonstração de práticas antidemocráticas, e esta sim pode ser considerada como uma actuação, Fascista e cobarde.

Quando se verifica o recurso à técnica caracterizadamente Fascista de enviar pequenos "comandos" para "fustigar" reuniões do PS com manifestações pseudo-espontâneas, violando as mais elementares regras do convívio democrático, então há uma fronteira da tolerância democrática que não devia ser permitido ultrapassar. O próprio Hotel, onde foi organizada a reunião, devia ter tomado as devidas previdências, para que esta “Arruaça” não tivesse acontecido.

Recuso-me a acreditar que alguém digno do nome de “Professor” pudesse chamar "fascista" e "palhaço" a um ministro de um governo democraticamente eleito.
Os Poucos “professores” que participaram na “Arruaça”, alem de maus cidadãos e mausprofessores”, são gente sem valores éticos e democráticos que se exigem a quem educa as novas gerações. Inclusive, alguns dos manifestantes são cobardes ao esconderem a cara , enquanto insultam, com o receio de serem identificados.


DISSERAM LIBERDADE? - [O JUMENTO]

“Mais sugestivo ainda foi o episódio acontecido em Chaves com o ministro Augusto Santos Silva (colunista do ‘Público’ até à sua ida para o Governo). Chegando à sede local do PS para uma reunião privada do partido, o ministro foi recebido por uma manifestação “espontânea” de gente a gritar-lhe, entre outros mimos, o de “fascista”. O homem indignou-se, como eu me teria indignado. E desabafou que o PCP não detinha o exclusivo histórico da luta antifascista, como também, e como toda a gente sabe, lutou contra o fascismo, mas não pela liberdade e pela democracia e sim pela “instauração da sociedade socialista”, derrotada na Fonte Luminosa, em 1975 - uma verdade inquestionável e, até hoje, um divisor das águas passadas que se mantém actual. Pois, no dia seguinte, o ‘Público’ virava as coisas ao contrário e, sem pudor algum, considerava que aquilo que merecia repúdio não era a manifestação contra o exercício do direito de reunião partidária, mas sim a “reacção desabrida” (título do jornal!) do ministro. O que diria o PCP, o que diria Menezes, o que diria o ‘Público’ se amanhã o Governo ou o PS organizassem manifestações à porta das sedes do PCP ou do PSD a chamarem-lhes fascistas? Como se vê, também a liberdade de opinião não parece estar em perigo – pelo menos a da oposição.”
(Por - Miguel Sousa Tavares) [Expresso]


“Assim não se pode ser professor”
Há dois direitos, o de manifestação e o de reunião. Agora abusar do primeiro para dificultar o segundo, para “O Flaviense” esta sim, é uma atitude fascista.
A acção desta minoria de professores em Chaves, foi uma garotada de todo o tamanho que, não só os desclassifica, como prejudicou a imagem, de toda uma classe e a dos Flavienses em particular. Pensem nisso e reflictam na imagem que passaram ao país.

As lições de Democracia, mais de 30 anos depois do 25 de Abril, já não são aulas teóricas dadas por desacreditados professores. É no dia-a-dia que cada um de nós se pode afirmar democrata e ser verdadeiramente “Avaliado”.
Parece que começa a haver por Chaves "professores" a mais!

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