sábado, 31 de maio de 2008

Cine-Parque de Chaves

Ex-Sala de Espectáculos da cidade

Este era o Cine-Parque de Chaves, com uma entrada muito mais vistosa que aquela que exibe actualmente. Ao seu lado estava o Café Comercial, onde nos intervalos dos espectáculos, mediante “senhas” de saída, se podia vir tomar um cafezinho.
Possuía uma “Plateia” com a “Geral” nas laterais ao fundo, separada por uma divisória, e ainda uma “Tribuna” ou “Balcão” como também era conhecida.
Mais tarde o nome de Cine-Parque foi mudado para Cine-Teatro.

Foi aqui que, no dia 22 de Maio de 1958, o General Humberto Delgado pronunciou a célebre frase com que encerrou o comício de Chaves.

A entrada principal do Cine-Teatro de Chaves localiza-se na Rua de Santo António, com uma outra entrada na Travessa Cândido dos Reis (Travessa do Faustino).


No dia 23 de Fevereiro de 2000, foi aprovada em Assembleia Municipal, a aquisição do imóvel onde se encontra instalado o antigo Cine-Teatro de Chaves.


Em 2001 a Câmara Municipal de Chaves (Altamiro Claro) encetou um projecto-base de arquitectura que visava tornar o Cine-Teatro mais funcional e moderno.
O Ambicioso projecto, previa a remodelação da sala de projecção de maneira a ficar mais ajustada para a realização de teatro, opera, concertos musicais, conferencias, exposições de arte e café convívio. Seria criado um único espaço de anfiteatro, com quatro entradas para terminar com a divisão existente anteriormente entre tribuna e plateia, servido por duas saídas de emergência e um piso técnico por baixo do anfiteatro. Teria capacidade para 575 lugares, sendo seis para deficientes, com elevador e instalações sanitárias próprias. Alem destas alterações, estava também previsto modificar as instalações sanitárias, o bar de apoio ao café convívio e o “vestíbulo” de exposições.
O corredor de entrada pela Rua de Santo António seria coberta por um envidraçado retomando a antiga figura, ficando este espaço a fazer parte do “vestíbulo” do piso zero. Esta entrada, tal como a fachada da Travessa Cândido dos Reis, levaria uma quadrícula em ferro pintado.
Ao todo, esta obra estava orçada em 270 mil contos.
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Em Abril de 2001, havia um Projecto homologado pela Ministra do Planeamento no valor de 270.280 contos.

Entretanto (16 de Dezembro de 2001) houve Eleições Autárquicas e a Autarquia liderada pelo Partido Socialista (Altamiro Claro) passou a ser governada pelo Partido Social-democrata (João Batista).

Na Revista “Meios & Desafios CHAVES”, em Outubro de 2002 o actual presidente da Câmara Municipal, João afirmava: “Vamos proceder à recuperação do Cine-Teatro de Chaves, construindo aí um centro cultural”.
João Batista afiançou a execução da obra, dizendo inclusive “que esta já a ser executado.”

O tempo se encarregou de demonstrar mais esta “Falácia”.

Durante os últimos anos a Autarquia tem tentado alienar este património procedendo a sua venda, ao desbarato, em “hasta pública” sem sucesso.

Em conferência de imprensa, no passado dia 13 de Maio, a Câmara de Chaves apresentou um projecto de regeneração do centro histórico da cidade, um investimento de cerca de 10 milhões de euros “Chegou o Milhões”, dizem os Flavienses”.

A autarquia diz pretender reabilitar o edifício do Cine-Teatro para a criação de um Centro Multiusos de apoio social e dinamização de actividades comerciais e económicas. Não sabemos muito bem que projecto será este, mas o que temos a certeza é que será o Fim do Cine-Teatro como sala de Espetáculos.
Os Flavienses crêem, que o Projecto “Mais Chaves” (Parceria Local de Regeneração Urbana), seja mais um dos numerosos “Ante-projectosprometidos quando se aproximam as eleições.
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Este é actualmente o estado deplorável e de abandono, do Cine Teatro de Chaves.

Os comentários deixo-os… para quem os queira fazer.

domingo, 25 de maio de 2008

Humberto Delgado 50 Anos Depois.

22 de Maio de 1958 – Cine-Parque de Chaves

No dia 22 de Maio de 1958 esteve nesta cidade o General Humberto Delgado, candidato da oposição, que anda em digressão de propaganda pela província.
Pelas 19 horas chegou ao cruzamento da estrada de Vila real, vindo de Mirandela, acompanhado de mais de uma centena de carros.
Nas ruas por onde passou, no cemitério onde depôs ramos de flores nos jazigos do antigo Ministro António Granjo e General Ribeiro de Carvalho, no Monumento aos Mortos da Grande Guerra, onde também prestou homenagem, foi sempre entusiasticamente aclamado.
No grande Hotel foi-lhe em seguida um jantar a que se assistiram perto de duzentas pessoas.
Findo o repasto dirigiram-se todos para o Cine-Parque onde se realizou a sessão de propaganda eleitoral.
Com a casa de espectáculos completamente esgotada, e vistosamente decorada com as cores da bandeira nacional, a multidão não se cansou de aclamar o General, e de dar vivas a Portugal, à Republica e à Liberdade.
A mesa foi presidida pelo General Humberto Delgado, que tinha a ladeá-lo os velhos republicanos, Padre João Vaz Amorim, Desembargador Montalvão Machado, Dr. Azevedo Antas, Dr. Costa Gomes e Arquitecto Andrade.
Foram oradores, os Srs. Desembargador Montalvão Machado, Dr. Francisco Costa Gomes, Dr. Gabriel Salazar, de Mirandela, Dr. Alexandre Faria, de Bragança, Dr. Francisco Carneiro, Dr. Camilo Botelho, de Alijó, Dr. Brasão Antunes, Dr. Alberto Rodrigues, fechando a sessão entre vibrantes manifestações, o Sr. General.
Todos os oradores foram muito aplaudidos e ovacionados durante os seus entusiásticos discursos.
(A voz de Chaves – Maio de 1958).


“A fim de presidir a uma Sessão de Propaganda, visitou esta cidade na passada quinta feira, o candidato independente à Presidência da República Sr. General Humberto Delgado, que aqui chegou cerca das 19 horas acompanhado de uma extensa caravana de automóveis, sendo aguardado junto do Jardim Público pelos membros da Comissão Concelhia da candidatura.
Dirigiu-se depois ao Cemitério Municipal onde depôs ramos de flores nas sepulturas de António Granjo, Ribeiro de Carvalho e Nicolau Mesquita, seguindo depois para a Rotunda da Avenida dos Aliados tendo o Sr. General Humberto Delgado deposto quatro ramos de flores na base do monumento aos Mortos da Grande Guerra.
Pelas 20 horas realizou-se no Grande Hotel um jantar de homenagem ao candidato, a que assistiram algumas dezenas de pessoas.
Á noite, pelas 21,30 horas, efectuou-se no Cine-Parque, uma sessão de propaganda presidida pelo Sr. General Humberto Delgado, na qual usaram da palavra diversos oradores.
A sessão, que decorreu com grande entusiasmo, foi encerrada pelo Candidato com um vibrante discurso.
A sala encontrava-se engalanada com colchas e bandeiras e repleta de pessoas que vitoriaram calorosamente o Sr. General Humberto Delgado.”
(Noticias de Chaves de 24 de Maio de 1958).

ESTOU PRONTO A MORRER PELA LIBERDADE
O célebre discurso de Humberto Delgado proferido no Cine-Teatro em Chaves é o seu único registo de voz da campanha eleitoral.
A célebre frase com que encerrou o comício de Chaves veio a alcançar um significado profético, no fatídico dia 13 de Fevereiro de 1965.

«Todos nós, cidadãos pacíficos duma candidatura pacífica, queremos pacificamente conquistar a paz. Mas os esbirros do governo, como têm visto, andam a chamar-nos subversivos nos jornais e a tratar-nos na via pública como malfeitores. Ninguém sabe, portanto, minhas senhoras e meus senhores, onde isto pode ir ter. há uma coisa, porém, que quero jurar aqui. Eu estou pronto a morrer pela liberdade!»

21 de Maio de 2008 – Biblioteca Municipal – 50 Anos Depois

Chaves homenageou “O Homem Sem Medo”


Com a presença da filha e do neto de Humberto Delgado, realizou-se, na Biblioteca Municipal de Chaves, um colóquio, com a exibição de fotografias inéditas da passagem pela cidade de Chaves, a 21 de Maio, do General Humberto Delgado em campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 1958.
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Na intervenção que proferiu Júlio Montalvão Machado, que integrava a campanha de Humberto Delgado, recordou a impressionante recepção popular registada em Chaves, a 21 de Maio de 1958, sustentando que este acto marcou a campanha eleitoral para as presidenciais de 1958.
Apesar dos esforços e obstáculos, do Presidente da Câmara Municipal, da Comissão da União Nacional e principalmente da repressão das forças policiais, Humberto Delgado foi recebido em apoteose em Chaves.

No uso da palavra, Frederico Delgado Rosa, para que a memória não se apague e o faz de conta não tome o lugar da verdade, recordou a vida de seu avô o General Humberto Delgado.
Fez ainda referência ao episódio da chegada a Chaves, pelas 19h30, em que Humberto Delgado foi interpelado pelo capitão e comandante da PSP:
«- V. Exa., meu general, tem que tomar lugar no automóvel e fazer o trajecto de carro,»
«- Desde quando um capitão dá ordens a um general? Retire-se-me da frente pois eu vou bem a pé.».

Espancado até à morto e não morto a tiro.
A tese de que Humberto Delgado foi espancado até à morte - e não morto a tiro como se tem sustentado até agora - é defendida por Frederico Delgado Rosa na primeira biografia do general, que foi lançada a 7 de Maio na Assembleia da República, e agora apresentada em Chaves.
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«Humberto Delgado – Biografia do General Sem Medo» é o título do livro, um trabalho de sete anos de Frederico Delgado Rosa, neto do general.
O livro quer repor a verdade sobre a morte do general e lança a polémica sobre o assassinato do general ao acusar o poder democrático de ter sido cúmplice do Estado Novo na investigação e punição do crime.
O crime e, neste caso, a ausência de castigo que, como assinalou o general Pezarat Correia, começou naturalmente antes do 25 de Abril e continuou, estranhamente, mesmo depois da revolução.

«Foi uma mentira conveniente que permitiu ilibar muita gente».
"Os portugueses merecem a verdade", afirmou Frederico Delgado Rosa, neto do general.

A cerimónia encerrou com uma breve intervenção de Iva Delgado, filha do general, e presidente da Fundação Humberto Delgado que recordou o episódio da “Espada de Santa Apolónia”. Disse ainda que o que aconteceu em Chaves "Foi um momento de paixão pela liberdade", e sustenta que a memória de Humberto Delgado permanecerá durante muitos anos no Portugal democrático.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Jardim ou Terreiro?

O que é um Jardim?

Um jardim é uma estrutura espacial ao ar livre, construída e projectada pelo homem. Espaço frequentemente fechado, onde se cultivam árvores, flores e plantas de ornato.
Normalmente ele está inserido em uma micro paisagem de contexto próprio e caracteriza-se pela forte presença da vegetação. Jardim é um espaço verde destinado à fruição lúdica.

Espaço verde é uma área de terreno onde estão presente espécies vegetais, num contexto urbano. São exemplos de espaços verdes, os parques, os jardins, as praças e logradouros ajardinados, as alamedas.
Os espaços verdes são zonas de recreio e lazer por excelência, favorecendo os encontros entre os cidadãos.
A criação, preservação e promoção dos espaços verdes e sua inserção numa estrutura ecológica municipal, deviam constituir peças vitais de gestão ambiental e planeamento estratégico da Cidade.
Não deviam ser permitidos abates ao nível do coberto arbóreo e arbustivo existente, com excepção das plantas invasoras ou doentes. Não devia ser permitida a destruição ou eliminação de canteiros existente ou a sua substituição por Terreiros de saibro.

Terreiro – espaço de terra, plano e amplo; eirado.

Iluminação
Os projectos de iluminação dos espaços verdes deviam ter tido em conta o enquadramento paisagístico de modo a integrarem de forma equilibrada e harmoniosa a solução arquitectónica do conjunto.
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Após anos de degradação a que foi deixado, pela Autarquia e Freguesia da Madalena, o Jardim Público de Chaves reabriu, finalmente, no passado dia 1 de Maio, um ano e meio depois de encerrado para obras e com cerca de um ano de atraso da data determinada para a sua conclusão, 16 de Maio de 2007.
Grande e puro pulmão verde da cidade, o Jardim Público, debruçado sobre o Tâmega, com as Frondosas e Centenárias árvores, a “Casa Portuguesa” datada do ano de 1921 (onde actualmente está instalado um atelier, do pintor Mário Lino), o vistoso "Coreto" com aspecto novo e os Palacianos portões de acesso, tem mantido a sua “matriz original”.

Esta intervenção, remodelação ou requalificação no Jardim Público, está englobada na requalificação da zona “Hortas do Caneiro”.


Executada no âmbito do Programa Polis, teve um custo estimado de 498.473,23 Euros (IVA não incluído).
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Não é visível o dinheiro que lá foi gasto.

Muitas das árvores derrubadas não foram replantadas.
Agora esmorece-se pelas grandes clareiras que foram criadas no seu seio, principalmente as das avenidas laterais, que se prolongam em toda a extensão até ao rio, privadas dos canteiros que usufruíam e cuja regeneração (A) estava prevista no projecto
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O cruzamento do jardim pela “Ciclovia” que percorrerá a margem esquerda do Tâmega não tem qualquer razão de ser.
Embora se entendam os espaços verdes públicos como zonas de recreio e lazer por excelência, não são permitidas práticas desportivas ou de qualquer outra natureza fora dos locais expressamente vocacionados para o efeito, sempre que manifestamente seja posto em causa a sua normal utilização por outros utentes.


Os bancos de desenho muito simples e desengraçados, são insuficientes, pelo menos, em relação aos existentes anteriormente na “Avenida Principal” do jardim e desenquadrados do alinhamento das árvores ao qual estávamos habituados.

Os bancos previstos no Plano de Pormenor, que seriam colocados a circundar o “Coreto”, não foram ainda colocados.
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O projecto, no Plano de Pormenor, considerava a criação de uma nova zona de equipamentos de recreio (Parque Infantil), muito mais completa e especialmente concebidos para ser utilizados com segurança por crianças muito pequenas (1 a 3 anos). A paupérrima falta de equipamentos é confrangedora. A sua localização estava prevista numa zona mais ampla.
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Existem, ainda, alguns erros graves de segurança, principalmente para as crianças, com a ausência de gradeamento principalmente nas zonas em que não há qualquer protecção entre as zonas pedonais e o canal.

O Jardim Público está feio e árido.

Perdeu o encanto, o aspecto viçoso e aprazível onde o verde e as flores prevaleciam.

A frescura do verde foi transformada na aridez de… um terreiro em saibro.

Tornou-se uma eira para actividades culturais, dizem alguns…

Segundo, Nuno Oliveira, Presidente da Junta de Freguesia da Madalena, entre os projectos do poder local estão “feiras do vinho e da vinha”.

Estamos a tentar que, ainda neste mês de Agosto, possamos ter aqui a primeira Feira do Vinho e da Vinha em colaboração com a Cooperativa Agrícola, onde estarão em exposição todos os produtos da terra e os utensílios de cultivo. Por outro lado, temos projectos para receber feiras do livro neste espaço propício a grandes eventos.”

Quanto à necessidade de preservação do local, o Presidente da Junta de Freguesia da Madalena deixa o aviso. “O cidadão tem um papel importante na fiscalização e preservação do local. Pois, no passado, (e no presente, ampliamos nós) houve uma desresponsabilização em relação à preservação do Jardim Público que não é da autarquia, nem da junta de freguesia, mas sim de todos os cidadãos”, concluiu Nuno Oliveira.

Quando do início da requalificação, o vereador da Câmara de Chaves, Castanheira Penas afirmou: A ideia é devolver o Jardim aos flavienses, revitalizando-o com respeito pela sua história

O Resultado… é assustador, mas a coisa já não é nossa, no caso os espaços públicos, venha mais pedra e os gulosos da construção, os gabinetes dos iluminados arquiduques, desculpem, arquitectos, não paisagísticos, estão acorrentados uns aos outros tipo lagartas dos pinhais e, ai é que a porquinha torce o rabo , abrem-se as pernas e toma lá disto ò Evaristo , que o povo é sereno.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Jardim Público

09-09-1897 – Presente a Câmara uma carta, de Cândido da Cunha Sotto Mayor, comunicando a oferta de um jardim, com as suas cláusulas. Postas em discussão as condições da proposta, a mesma foi aceite, indo no final toda a Vereação agradecer a generosíssima iniciativa.
15-10-1897 – Expropriação amigável de uma horta pertencente a D. Conceição Pizarro, para melhor entrada para aquele jardim.
11-11-1897 – Presente o projecto para o Jardim Público, a construir por Cândido da Cunha Sotto Mayor.
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09-12-1897 – O comandante militar, desta vila, comunica à Câmara «que esta autorizado a entregar o terrapleno, fosso do baluarte sul da testa da ponte da Magdalena, sobre o rio Tâmega, a fim de se estabelecer um jardim publico n’aquelles terrenos
Expropriação amigável de umas hortas pertencentes a D. Maria da Conceição Pizarro, nas proximidades do Baluarte da Madalena, pela quantia de 1.200$00 réis, a fim de a Câmara pôr à disposição do Exm.º Snr. Cândido Sotto Mayor, para ali, a expensas suas mandar construir um jardim público.


13-10-1901Jardim Público. Com muita solenidade, o grande benemérito Cândido da Cunha Sotto Mayor, oferece as chaves deste Jardim ao Presidente da Câmara, Luiz Paulino Teixeira, como presente ao Concelho de Chaves.

19-12-1904 – Proposta para ser feita a instalação da luz eléctrica no Jardim Publico.
09-06-1905Jardim Público, iluminado a luz eléctrica, desde 1 de Junho, com algumas vantagens para a Câmara.
19-1-1915 – Nicolau Mesquita propôs e a Câmara aprovou, que o Jardim Público passasse a ser denominado “Jardim Cândido Sotto Mayor”.

sábado, 10 de maio de 2008

Bem prega Frei Tomás

Código de Posturas Municipais

A Assembleia Municipal de Chaves, em sua sessão ordinária de 2007-02-28, sob proposta da Câmara Municipal nº. 11/GAVP/2007, deliberou aprovar o presente Código de Posturas Municipais, que entrou em vigor a 1 de Março de 2007.


Artigo 1.º - Âmbito de aplicação
O presente Código de Posturas aplica-se em todo o território do Município do Concelho de Chaves, sem prejuízo de leis ou regulamentos específicos que se lhe sobreponham.
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Artigo 2.º - Competência
1. As competências atribuídas ao Presidente da Câmara Municipal pelo presente Código de Posturas podem ser delegadas nos vereadores ou nos dirigentes dos serviços municipais, sem prejuízo do disposto na Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro e ulteriores alterações.

Artigo 5º - Fiscalização e competência
Sem prejuízo da competência atribuída por lei a outras entidades, incumbe aos serviços municipais a fiscalização do disposto no presente Código de Posturas.

Artigo 6º - Coimas
5. Quem auxiliar ou proteger, por qualquer forma, as violações das normas constantes do presente Código de Posturas, ou impedir e embaraçar a aplicação das coimas que ao caso em concreto couber, será punido com a mesma pena em que tiver incorrido o infractor.

Artigo 13º - Terrenos Municipais
1. Em terrenos do domínio público municipal ou destinados ao logradouro comum não é permitido, sem prévia licença da Câmara:
b) Abrir covas ou fossas;
2. Nos terrenos a que se refere o artigo anterior é proibido:
a) Efectuar despejos e deitar imundices, detritos alimentares ou ingredientes perigosos ou tóxicos;
3. O incumprimento do disposto nos números anteriores obriga o transgressor à remoção imediata dos objectos, entulhos ou materiais ou, quando tal não for possível, à reposição da situação existente, sob pena de a remoção ou reposição ser feita pelos serviços municipais, correndo as despesas por conta do transgressor, independentemente de outras imposições estabelecidas por lei ou por regulamento municipal.

Artigo 28º - Ribeiras e Nascentes
1- Sem prejuízo do disposto no artigo 13º, nas margens e nos leitos das ribeiras e nascentes, e num raio de protecção de 100 metros, é expressamente proibido:
c) Deitar despejos, imundices, detritos alimentares, ingredientes tóxicos ou outros de especial perigosidade;
2. O incumprimento do disposto no número anterior obriga o transgressor à remoção imediata dos objectos, entulhos ou materiais ou, quando tal não for possível, à reposição da situação existente, sob pena de a remoção ou reposição ser feita pelos serviços da Câmara Municipal, correndo as despesas por conta do transgressor, independentemente de outras imposições estabelecidas por lei ou por regulamento municipal.

Antes da Aprovação deste Regulamento já existia o Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos.

Aviso n.º 2146/2004 (2.ª série) — AP. — Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos. — Nos termos das disposições combinadas previstas, respectivamente, no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, e na alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, torna-se público que a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal de Chaves, por deliberações de 06 de Outubro de 2003 e 17 de Dezembro de 2003, respectivamente, aprovaram o presente Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos.
17 de Fevereiro de 2004. — O Presidente da Câmara, João Gonçalves Martins Batista.

Artigo 42.º
Nos terrenos ou áreas anexas ou próximas das habitações, é proibido, para defesa da qualidade de vida e do ambiente:
b) Manter escorrência de águas sujas ou de esgotos sem estarem devidamente canalizados;

Artigo 46.º
1 — Nas vias e outros espaços públicos do município não é permitido:
d) Vazar águas poluídas, tintas, óleos ou outros líquidos poluentes nas vias e outros espaços públicos;
g) Lançar na via pública águas correntes de que resulte lameiro ou estagnação;
m) Cuspir, urinar, ou defecar na via pública;
r) Outras acções de que resulte sujidade da via ou outros espaços públicos ou situações de insalubridade.


O presidente da autarquia, o social-democrata João Baptista, revelou, recentemente, a Comunicação Social, que apenas foram passadas duas multas a dois indivíduos por estarem a urinar na via pública.

O presidente tem dito que os problemas de saneamento estão resolvidos no concelho e que tudo corre às mil maravilhas, mas o Esgoto a céu aberto junto a Ponte de São Roque é a prova de que não é assim.


Esgotos domésticos e não domésticos provenientes do aglomerado habitacional junto à “Ponte de São Roque” estão, há mais de 4 anos, a ser descarregados directamente no rio Tâmega, com a cumplicidade da Autarquia e do vereador da área da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira.



Os Esgotos estão a correr de um sistema de saneamento que provêm de um cano, semi-camuflado, que depois escorre a céu aberto por uma vala até desaguar na margem direita do Rio Tâmega junto a “Ponte de S. Roque”, local habitualmente frequentado por indivíduos de etnia Cigana.




Além da poluição do rio, do mau cheiro que se sente no local, o esgoto a céu aberto é uma fonte contínua de transmissão de doenças de veiculação hídrica, através de insectos e animais que se multiplicam nesse local.

Seria irónico se não fosse triste, degradante...
Segundo Noticia do Jornal “La Region” do dia 10-01-2008 «O alcaide, Juan Manuel Jiménez tem previsto dar a conhecer um projecto transfronteiriço que elabora o “Concello” conjuntamente com a Câmara de Chaves para a construção de una depuradora na fronteira, entre “Feces de Abaixo” e a localidade lusa de Vila Verde da Raia, com o fim de sanear integralmente o rio no tramo que discorre desde Queizás (Verín) e Oímbra até o limite com o país vizinho. De facto, o “Concello” registou várias sanções devido a vertidos gerados pela falta de capacidade da depuradora. Ademais, não é a primeira vez que a Câmara de Chaves se queixa porque chegam até Portugal».

Isso é facto. Agora depois de ver as fotos tentem objectar…

Léguas de distância da homilia à prática do dia a dia. Portanto, que tal começarem os interesses públicos e a Autarquia a cumprirem eles próprios as suas directivas, decretos e similares recados ou despachos normativos... Afinal, quem é que pratica o contrário daquilo que (por vezes) diz defender?

Diz o ditado popular:
"Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz."

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Eleições de 1958

Humberto Delgado 50 Anos Depois.

Numa iniciativa de Júlio Montalvão Machado, no dia 21 de Maio de 2008, às 21h00, celebra-se em Chaves o Cinquentenário da visita de Humberto Delgado e das Eleições Presidenciais de 1958.

Com a presença da filha e do neto de Humberto Delgado, realiza-se, na Biblioteca Municipal, um colóquio com a exibição de Fotografias inéditas da Visita e Comício em Chaves, com depoimento de Júlio Montalvão Machado que viveu esse acontecimento histórico.



O célebre discurso de Humberto Delgado proferido em Chaves é o seu único registo de voz da campanha eleitoral. Nele proferiu a célebre frase «Estou pronto a morrer pela Liberdade!»

quinta-feira, 1 de maio de 2008

1 de Maio e 25 de Abril em Chaves

Lembrem-se Como Foi

Chaves 1974
Festa do 1 de Maio e 25 de Abril

Nos dias seguintes ao 25 de Abril de 1974, todos eram “Democratas”. Era bonito vê-los a aderir ao “MDP-CDE”, a aparecerem nas secções de esclarecimento que se realizavam nos “Canários”, nos comícios, comemorações e manifestações.

Alguns “oportunistas” começaram logo a posicionar-se a candidatos a cargos políticos e a futuras benesses tentando destacar-se.
Era gracioso vê-los a passear pelos cafés, pavoneando-se com os jornais “O Diário” e “Avante” debaixo do braço.

Estes Jornais chegavam a esgotar-se em Chaves.

Depois veio o 11 de Março, o 28 de Setembro, o Verão Quente de 1975 a Rede bombista de direita, os assaltos a sedes do PCP, o 25 de Novembro e o Assassinato do Padre “Max”, na região de Vila Real a 02 de Abril de 1976 pelo grupo fascista e terrorista do MDLP, que tinha um comando operacional em Chaves.
Foi a debandada geral, desses Democratas Oportunistas, para outros partidos mais a direita (PPD – CDS) e organizações Terroristas (ELP/MDLP).

Alguns que até eram dirigentes do MDP-CDE, apressaram-se a dizer que foram enganados. Que não sabiam que o MDP-CDE era de tendência Comunista.

Tresandando a medo, apressaram-se a fazer a meã culpa. Hoje ocupam cargos políticos, funções em associações comerciais, culturais, sindicatos, órgãos de comunicação social e assessoria de imprensa.
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Um dia… contarei a «História» desses dias e de alguns desses “Democratas”.

25 de Abril Sempre - Censura

Grândola Vila Morena sem Censura

Em 29 de Janeiro de 1983 realizou-se um espectáculo no Coliseu com José Afonso.
A última parte deste programa foi Censurada na RTP1. Nesta versão esta incluída a parte em falta.


1981-1983
O VIII Governo Constitucional tomou posse a 4 de Setembro de 1981, sendo constituído pela coligação formada pelo Partido Social-Democrata, o Centro Democrático Social e o Partido Popular Monárquico. Terminou o seu mandato a 9 de Junho de 1983.


Presidente da Republica
Ramalho Eanes

Primeiro-Ministro
Francisco Pinto Balsemão

Ministros: Diogo Freitas do Amaral, Gonçalo Ribeiro Telles, Marcelo Rebelo de Sousa, João Salgueiro, Ângelo Correia, Basílio Horta, Francisco Lucas Pires, José Menéres Pimentel entre outros.