domingo, 6 de julho de 2008

Chaves perdeu um Ilustre Flaviense

1917 – 2008

Mário Gonçalves Carneiro nasceu a 7 de Dezembro de 1917, na Rua Direita, 104, freguesia de Santa Maria Maior, em Chaves.
Faleceu a 5 de Julho de 2008 na freguesia de Santa Maria Maior, Chaves.
O Seu funeral realiza-se, amanhã, dia 7 de Julho, ás 9 horas da Igreja Matriz para o Cemitério Municipal (Velho).

A sua devoção à causa das Termas de Chaves, valeu-lhe o reconhecimento da cidade e do País.


Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro (Setembro de 1995)


Grande Oficial da Ordem de Mérito atribuída, pelo Presidente da Republica Dr. Jorge Sampaio
(10 de Junho de 1997)


Chaves e os Flavienses, homenagearam-no no seu 50.º aniversário como Director Clínico das Caldas de Chaves, com a colocação de um busto no Largo Tito Vespasiano - 22 de Setembro de 1995.

Foi autor de vários livros:






Como grande amante da sua terra, o Flaviense, Mário Gonçalves Carneiro, doou, no ano de 2004, o seu espólio pessoal ao Município de Chaves.
Este espólio tinha sido solicitado, pela Câmara Municipal de Vila Real, para figurar no Museu de Literatura Transmontana da Biblioteca de Vila Real.
Espera-se que a Câmara Municipal de Chaves dei-a um condigno destino a este espólio e não esteja encerrado em qualquer armário, caixote ou na posse de um qualquer vereador (como consta na cidade).

Haveria tanto que dizer sobre a sua obra e dedicação á sua Aquae Flaviae. Mas… hoje não é o dia.

Subscrevo totalmente e faço meus, os vocábulos do testemunho escrito pelo Senador e Consultor da Presidência da Confederação Nacional do Comercio, no Brasil, José Bernardo Cabral, em 10 de Outubro de 2004.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMERCIO
Consultoria da Presidência



Declaração
Ou Depoimento sobre um Cavalheiro



«Mário Gonçalves Carneiro. Ou, como é conhecido mundo afora. Doutor Mário Carneiro.

Com ele convivo há muito anos. Dele guardo imagens que o tempo não consegue esmaecer. Uma delas é que sempre teve ele em mente de que a essência da civilização moderna, numa sociedade moderna, nada mais é do que a existência de pessoas livres com mentes livres, uma vez que para se efectuar a desejada mobilização da consciência político-social de um povo, não basta apelar para o seu patriotismo ou então para o seu interesse. Mas. sim – antes de mais nada – formular um ideário de combate em que ele possa acreditar. E, a partir daí, convocá-lo para que interprete, na realidade, por seus próprios meios, aquilo em que crê.

É que o Doutor Mário Carneiro, ao longo da sua vida, provou, às escâncaras, de que sociedade sem ideias de impulsão nem capacidade de acção e opção, é sociedade letárgica, mais vencida do que vencedora, já que a primeira condição de vitória de uma sociedade é a responsabilidade e esta se mede peia dignidade tanto das ideias como das acções.

O Doutor Mário Carneiro é um ser humano de quem se pode dizer que nasceu e vive para servir, e tem servido tanto, que se por abstracção o perdermos de vista ou se tentarmos da nossa memória, inclusive e sobretudo da nossa memoria como PORTUGAL, que desde o seu tempo, e por sua imorredoura influência profissional, jamais se afastou dos compromissos com a Medicina, muito ou quase tudo do que hoje existe nas Caldas de Chaves perderia o significado ou se tornaria totalmente incompreensível.»



Descansa em Paz, Amigo.
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