Fogo de artifício estoirou centenas de vidros
Na noite de passagem de ano, a Câmara Municipal de Chaves e a empresa municipal para a área da cultura Chaves Viva, organizaram a tradicional festa de passagem de ano no Largo General Silveira (Largo das Freiras).
À meia-noite, foi lançado o fogo-de-artifício do largo da “Lapa”, mas a festa acabou mal.
O incidente terá ocorrido porque o indivíduo responsável pelo fogo não acautelou a segurança da estrutura de lançamento das “Balonas de tiro”, que devia que estar muito bem presa. Podia ter sido uma tragédia muito grande.
Algumas “balonas” rebentaram no chão ou a muito baixa altura, causando um violento impacto. Alguns ferros da estrutura de lançamento foram projectados para o café do forte de São Francisco, onde se encontravam várias pessoas
Um tubo de lançamento das “balonas”, foi projectado contra a porta do Centro Social e Paroquial de Chaves que ficou muito afectado, com vários vidros, portas e estruturas de alumínio danificadas.
Foi mesmo aberta uma brecha no tecto e numa casa de banho, que vai obrigar à reestruturação de parte da fachada do edifício.
O Centro Social teve de pedir aos encarregados de educação para não levarem as crianças à escola nos dias seguintes.
A escola Fernão de Magalhães, casas de habitação, automóveis e montras de estabelecimentos comerciais, a centenas de metros de distância do largo da “Lapa”, ficaram danificadas, contabilizando-se, no total, mais de 300 vidros partidos.
Muitas das pessoas que se encontravam junto à fogueira, no “Largo das Freiras”, aperceberam-se com estupefacção do forte impacto, mas não tiveram noção do perigo que correram. Só por milagre ninguém foi atingido.
Segundo se sabe, já não é a primeira vez que o fogo-de-artifício provoca estragos, por ser lançado no centro da cidade, mas os prejuízos nunca tiveram tal dimensão.
A Câmara Municipal e o responsável pelo lançamento do fogo, garantiram que os seguros cobrem os prejuízos materiais.
* Assim de simples se resolve a questão da incúria e irresponsabilidades.
Mas… e se tivessem acontecido danos pessoais ou uma tragedia?
Casos de incumprimento de regras de segurança sucedem-se.
Neste particular não podemos deixar passar em branco os lamentáveis e sucessivos acidentes ocorridos com “Balonas” (engenhos pirotécnicos de explosão no ar), com mortos e feridos, por vezes devido à falta de experiência, quer de fabrico, quer de utilização.
Ainda recentemente, Agosto de 2007, duas meninas de três e oito anos ficaram feridas, uma delas com gravidade, ao serem atingidas por estilhaços de engenhos pirotécnicos. Uma delas apanhou com os estilhaços na cara, numa mão e nas pernas. Vai precisar de um transplante de pele numa perna, que foi perfurada.
Quanto à utilização de artigos pirotécnicos há regras restritivas, nomeadamente no que respeita às distâncias de segurança e raio de segurança dos espectáculos.
O uso e lançamento de fogo de artifício (Balonas de tiro) carece de autorização prévia da Câmara Municipal que deve acautelar e providenciar para que se cumpram todas as regras de segurança.
Estes lamentáveis casos deverão, a partir daqui, servir de lição.
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